O governo que faz tudo para evitar um acordo com o FMI, admite «temos que ter outras áreas de maior coordenação económica», um eufemismo com que designa ser tutelado por Berlim. Num certo sentido, seria uma bênção porque ficariam os portugueses melhor servidos com Berlim a gerir a economia portuguesa segundo os interesses alemães do que deixar a economia portuguesa entregue aos interesses da clique socrática.
O governo depois de jurar que não e admitir que sim, «abre a porta a mais medidas de consolidação em 2011».
Enquanto não entrega a tutela a Berlim, o governo cria 70 grupos de trabalho e comissões com sinecuras para 590 (quinhentos e noventa) apparatchiks, por certo muitos deles novos situacionistas.
Nos intervalos, o ministro alienígena António Mendonça «aponta para 12 mil milhões de euros» em «investimentos nos sectores portuário, aeroportuário, rodoviário, ferroviário, … até 2015». Pois, apontar não custa. O que custa é arranjar quem empreste os milhões e, sobretudo, pagá-los. Eu escrevi «o que custa» e não «a quem custa» porque essa dúvida não existe – quem pagará são os sujeitos passivos.
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