O líder da oposição tem pelo menos a seu favor ser proprietário de um apartamento em Massamá, comprado com o seu dinheiro, ou com o dinheiro do banco (espera-se seja reembolsado), e não de um apartamento no Castilho Héron, comprado sabe-se lá como e com que dinheiro. É um bom começo, mas não chega. São precisas ideias.
Será esperar muito do líder da oposição que, em vez de se deixar acossar pela matilha dos apparatchiks, babando-se a imaginar as tenças à sua espera depois das eleições, esprema os seus neurónios e os das luminárias pululando à sua volta e produza uma visão para Portugal sair o país do caminho para insolvência, primeiro e com urgência, e do caminho para a servidão, depois?
Para começo de conversa poderia ler o texto de David Cameron publicado no Telegraph, esquecer a pomposa Big Society e reflectir sobre os princípios enunciados para aliviar a sociedade civil da asfixia pelo Moloch estatal. A começar pelo princípio da diversidade - a prestação de serviços público deve ser aberta a prestadores em concorrência e a prestação monopolista pelo Estado precisa de ser justificada e fundamentada. A continuar com o princípio da escolha descentralizada – deve ser proporcionada aos cidadãos a possibilidade de escolher o seu prestador de serviços, seja ele um hospital ou uma escola, ao mais baixo nível possível.
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