Para carregar as baterias de uma dúzia de carros eléctricos (nas primeiras 6 semanas deste ano foram vendidos 3 dezenas, a maioria para o governo e empresas amigas) que irão circular no «corredor de mobilidade eléctrica Porto-Vigo» o governo propõe-se torrar 1, 8 milhões de euros provenientes em grande parte do dinheiro alemão (o maior contribuinte líquido para os 70% de financiamento comunitário) e atrela a esta carroça umas quantas empresas portuguesas e espanholas, que financiando 30% do projecto têm esperança de extrair daí algum lucro que certamente será pago pelos contribuintes portugueses e talvez espanhóis.
Exagero meu, dirão. Provavelmente não, atendendo ao olho para o negócio que o governo tem abundantemente mostrado. Exemplo de hoje: depois de ter torrado 1 milhão de euros na Fitlene, o IAPMEI emite a certidão de óbito a mais uma empresa em que participou. Como seria inevitável, o empresário, chamemos-lhe assim, queixou-se do Estado por não torrado outros 5 milhões aprovados em Março e que nunca apareceram. Bendita crise orçamental, sem ela seria 6 milhões.
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