Depois de ter feito o papel de idiota útil ao regime, contribuindo para o insucesso da OPA da Sonae à PT e participando no assalto ao BCP, ajudando a que a primeira continuasse e o segundo entrasse no círculo do complexo político-empresarial socialista, Joe Berardo parece desiludido. Desilusão que pode ser medida pelos muitos milhões de euros de menos-valias da sua participação no BCP, menos-valias insuficientemente compensadas pelo negócio da sua colecção de arte a que o governo deu abrigo no CCB, pagando por cima.
Da sua desilusão com o regime, nasceu-lhe a esperança num «novo sistema de democracia», que pode ser «um novo género de ditadura», assim tipo salazarismo pós-moderno ou talvez tipo chinês – um país, dois sistemas. É claro que se, hipoteticamente, as acções do BCP recuperassem ou o petróleo jorrasse em Aljubarrota ou Torres Vedras, Berardo esqueceria estas efabulações e voltaria ao business as usual.
Sem comentários:
Enviar um comentário