«Os 5 mil milhões de euros são o total da liquidez injectada. Os capitais negativos, que são a verdadeira situação líquida do banco, são de apenas 2 mil milhões», garantia o ministro das Finanças Teixeira dos Santos a respeito da situação do BPN, querendo demonstrar que o governo só teria que torrar os 2 mil milhões num banco que, segundo ele, há pouco mais de um ano, até «não custou nada» ao Estado e mostrava «melhorias significativas nas suas actividades».
Sendo difícil de acreditar que os problemas de aritmética do ministro se circunscrevam ao défice, devemos estar preparados para o pior. Preocupação reforçada pelo facto de não ter explicado como poderia o BPN prosseguir as suas operações se o governo apenas aportasse os tais 2 mil milhões deixando os capitais próprios em zero ou como alguém o compraria nessa situação, ou, em alternativa, quanto teria o governo que pagar a um potencial adquirente que a seguir seria obrigado a garantir o Tier 1 dum banco com activos líquidos de 6,8 mil milhões de euros em 31-12-2009.
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