16/01/2011

LASCIATE OGNI SPERANZA VOI CH'ENTRATE: Não há empréstimos de borla

Nas facturas da geração de 60 (ver a série dos posts «O fim do estado social) a pagar pelos filhos e netos, José Sócrates é responsável pelo agravamento de quase todas e por algumas novas. A alienação de soberania para Bruxelas (nenhuma novidade, está apenas a continuar o caminho dos seus antecessores) é um dos agravamentos. A transferência de soberania para Pequim, a pretexto de evitar a intervenção do FMI, é uma nova factura surgida nas últimas semanas. Como se deveria perceber facilmente, a China irá cobrar com «juros» agravados a «ajuda» na compra da dívida pública. Como? Para começar, pela compra de participações nas tais empresas que o governo tem considerado estratégicas e por parcerias com empresas de fachada para a entrada nos mercados europeus e africanos de expressão portuguesa. E a continuar com o suporte à sua política externa e o silêncio aos seus atentados internos aos direitos e liberdades. E o que faria (fará) o FMI? Obrigar-nos a fazer o que ja deveríamos ter feito e não somos capazes de fazer sem um álibi externo. Comparado com a hipoteca chinesa, isso são amendoins. Não há empréstimos de borla.

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