Em 2005 o BES, o banco do regime, atribui-lhe o prémio Inovação, entregue pelo seu ex-empregado e na época ministro da Economia Manuel Pinho. Dois anos depois, duas sociedades de capital de risco participam na Pronto & Fresco, a empresa criada para comercializar «um conceito inovador de venda de peixe fresco», cujo presidente previa vendas de 10 milhões em 2009. Depois de 3 anos não chegou a facturar 10% do previsto e apresentou prejuízos todos os anos e dívidas de 2,3 milhões. Está falida.
Sabe-se que mesmo nas economias onde existe venture capital a sério a taxa de mortalidade das start ups é elevada. Mas este caso nada tem a ver porque não esteve envolvido um venture capitalist, um investidor profissional arriscando o seu dinheiro num negócio em que vê potencial para um elevado retorno. Em vez disso, este caso é um paradigma dos negócios «inovadores» nascidos do conúbio público-privado do regime. Não é, pois, uma questão de elevada mortalidade é uma questão de nado-morto.
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