Se bem se lembram, o governo representando o accionista Estado detentor duma golden share na PT vetou a venda da Vivo à Telefónica por razões estratégicas. Essas razões estratégicas evaporaram-se e passou a ser estratégico comprar uma participação na Oi que seria paga com o produto da venda da Vivo. Em Agosto, já coisa estava toda combinada entre José Sócrates e Lula Silva, faltava só assinar os papéis.
Aquele era o guião, mas nos filmes produzidos pelo governo o guião não guia. A coisa foi derrapando e a compra de 23% da Oi (com os 50% da Viva menos os dividendos antecipadamente distribuídos aos accionistas, torturados pelo dilema patriótico de aproveitar ou não o regime fiscal mais benévolo de 2010) ficará para Janeiro ou quando a baderna accionista da Oi quiser. Entretanto, a Bernstein Research considera que a PT valeria mais sem a Oi e a JPMorgan revê em baixa a PT.
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