Merece celebração pela raridade um ministro de Sócrates falar a verdade, com clareza e com frontalidade. Foi o caso de Mariano Gago (a quem por isso relevamos até ao fim do ano os delírios sobre as nossas realizações em matéria de I&D) ao denunciar o corporativismo das ordens:
«Com toda a franqueza, este é um dos fenómenos mais extraordinários que ocorre neste país. A complacência, a cedência corporativa a quem chateia o parlamento com o argumento de que não se pretende fechar o mercado de trabalho - que ideia! - e apenas se quer fazer deontologia, é absolutamente extraordinária …
«Chegam lá ao gabinete e dizem-me (os representantes das ordens profissionais): ‘Senhor ministro, desculpe lá, quer proletarizar esta profissão? Arranje uma maneira de fechar estas entradas, seja como for’».
«Chegam lá ao gabinete e dizem-me (os representantes das ordens profissionais): ‘Senhor ministro, desculpe lá, quer proletarizar esta profissão? Arranje uma maneira de fechar estas entradas, seja como for’».
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