Secção A título (quase) póstumo
«Perante esta situação, eu acho que a Comissão Europeia devia ter alguma prudência e alguma discrição quando analisa o futuro. Porque quem se enganou tanto no presente, deve ter algum cuidado em relação ao futuro.» Foram estas as palavras sábias do presidente da AICEP Basílio Horta, criticando a alegada falta de rigor das previsões da Comissão Europeia. Palavras que não se ouviram a propósito dos estrondosos falhanços das previsões do governo nos últimos 6 anos de crescimento do PIB, do défice do OE, do desemprego e, em geral, de quase todas variáveis económicas, sem esquecer os inúmeros fins da crise anunciados por José Sócrates e os seus ministros.
Por isso, com um atraso quase irremediável, é justo promover Basílio Horta a ministro anexo (*), agora que o original está exilado em Frankfurt, e atribuir-lhe quatro chateaubriands pelo esquecimento e 3 bourbons pela habitualidade.
(*) Segundo o Glossário, o ministro anexo, ou da 25.ª hora, é um ministro que não é ministro, mas um oráculo, que concede avales escritos em economês, juridiquês ou noutro dialecto, às promessas de amanhãs que cantam do governo. Exemplo: o doutor Constâncio (d'après doutor Louçã).
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