Escrevi aqui que, antes de me declarar admirador de Mexia, esperaria pela realização de um certo número de condições. Uma delas está a caminho de ser cumprida: Mexia ser presidente duma empresa sem golden share. Faltam as restantes: uma empresa sem o Estado como accionista, actuando num mercado concorrencial de bens ou serviços transaccionáveis, sem subsídios, uma empresa que não seja um quase monopólio.
Como o próprio Mexia em entrevista ao Sol reconheceu distraidamente, puxando a brasa à sardinha dos pontos fortes da EDP, esta tem «um perfil de resultados operacionais 80% regulados ou contratados a longo prazo, incluindo as renováveis», Reconheceu igualmente o colo do Estado cuja presença «tem sido positiva para a nossa capacidade de desenvolvimento». Em vão li avidamente até ao fim a entrevista esperando encontrar uma declaração de renúncia a 80% da sua remuneração por dispor de condições que põem a gestão da EDP ao alcance dum gestor apenas mediano.
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