06/11/2010

LA DONNA E UN ANIMALE STRAVAGANTE / CONDIÇÃO MASCULINA: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Há 50 anos a maior parte das mulheres era doméstica e não usava a pílula. Faziam-se «desmanchos» e quem tinha posses ia Londres. Uma pequeníssima minoria frequentava a universidade. Faltavam uns 14 anos para as Novas Cartas Portuguesas serem publicadas e Maria Teresa Horta ainda não tinha queimado o sutiã. Segundo a narrativa feminista as mulheres não tinham os mesmos direitos dos homens (confirmo) e eram geralmente infelizes (as opiniões dividem-se). Havia 2 divórcios em média por dia.

Hoje apenas uma pequena minoria de mulheres é doméstica (agora chamam-se dondocas e têm um estatuto privilegiado) e podem tomar as pílulas ex ante e ex post que lhes aprouver. O SNS oferece abortos grátis com o dinheiro dos sujeitos passivos. As mulheres frequentam a universidade quase em igual número dos homens e constituem a maioria dos graduados. As Novas Cartas Portuguesas são literatura para a terceira idade e vários canais de televisão mostram sexo explícito a horas em que os infantes estão agarrados à PS3 (supõe-se). Segundo a narrativa feminista as mulheres ainda não têm os mesmos direitos dos homens (as opiniões dividem-se) e ainda são frequentemente infelizes (confirmo). Hoje há 72 divórcios em média por dia (segundo uma amiga que sabe destas coisas, por vezes a coisa não aguenta até à chegada das fotos ou até ao regresso da viagem de núpcias).

[Dados citados aqui]

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