A despesa total em saúde representa mais de 10% do PIB, contra a média de 9% nos países da OCDE e 9,3% na UE15. A parte pública dessa despesa representa 70% do total e 26% da despesa corrente do Estado e é coberta pelos impostos. Para quem dispõe dum seguro de saúde ainda tem que suportar (directamente, no caso do seguro individual, ou indirectamente, no caso do seguro de grupo pago pelo empregador) a sua parte nos cerca de 30% do total das despesas de saúde correspondentes a comparticipações e prémios de seguro. Segundo a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, o sector privado realiza metade das consultas, um quarto dos internamentos, cinco por cento das urgências e 15% das camas.
Na constituição, onde se lê «serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito», deveria ler-se «... tendenciosamente gratuito».
Pensamento a propósito: «If you think health care is expensive now, wait until you see what it costs when it's free». (P. J. O'Rourke)
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