Quando Fernando Pinto, o brasileiro descoberto por Jorge Coelho para salvar a TAP de si própria e do governo, foi nomeado, apareceu como uma brisa refrescante depois da sucessão de apparatchiks que desgovernaram a empresa durante 3 décadas. Dez anos depois, a brisa refrescante parece ter-se transformado num sopro miasmático que convive pacificamente com a incompetência endémica e as corporações de pilotos e sindicatos vários que se servem da TAP como uma coutada privativa, tudo com a bênção do governo.
O último exemplo da estratégia miasmática produzida por Fernando Pinto consiste em deixar cair uma aliança possível com a Lufthansa, ou talvez constatar que a Lufthansa a teria deixado cair, em troca da procura dum mirífico «simples investidor financeiro» que, no estado em que se encontra a TAP e com o futuro sombrio à sua espera, só pode ser um tanso abastado com vontade de torrar dinheiro - actualmente uma espécie mais rara do que o unicórnio.
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