Senador descongelado
De cada vez que um governo socialista se atola nos lamaçais do (mal) chamado estado social, Almeida Santos é retirado da unidade criogénica do PS, descongelado e posto a dizer coisas. Por vezes, a urgência não dá tempo ao descongelamento completo e o homem diz coisas como «o povo tem que sofrer as crises como o Governo as sofre».
Ministro anexo aparecido
De cada vez que um governo socialista se atola nos lamaçais do (mal) chamado estado social, o ministro anexo cujo corpo repousa em Frankfurt faz uma aparição para falar o que não falou na altura própria.
Bastonário sempre ao dispôr
No dia seguinte ao governo anunciar um pacote de medidas, segundo ele próprio dispensáveis há poucas semanas, o bastonário dos economistas descobre, com mais de 10 anos de atraso, «que já é claro para todos é que o país está a viver acima das suas capacidades, pelo que ou nos unimos e tomamos medidas correctivas que sustentem um processo de recuperação económica e financeira a longo prazo, ou limitar-nos-emos a adiar uma questão que reaparecerá cada vez com maior gravidade».
Ministra que pisca os olhinhos para as câmaras
Talvez tentando hipnotizar os telespectadores, a ministra da Educação pisca convulsivamente os olhos enquanto conta estórias para os adormecer.
Primeiro-ministro dilemático
Um primeiro-ministro que há menos de 4 meses considerava suficiente o último aumento de impostos, há 5 semanas exultava com o crescimento da economia e ontem anuncia medidas que «só são tomadas quando um político entende em consciência que não há nenhuma outra alternativa», conclusão a que chegou «agora e não em Maio» é um primeiro-ministro bastante incompetente como político ou como mentiroso ou as duas coisas simultaneamente. [Segundo Quintiliano, um mentiroso deve possuir uma boa memória - reconheça-se que com o advento da Web e das ferramentas de pesquisa como o Google mentir bem está cada vez mais difícil.]
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