Quando se sabe que os ministros das Finanças grego e espanhol e o secretário de estado do Tesouro português garantem que os stress tests em curso pelas autoridades de supervisão «independentes» dos respectivos países e a divulgar na próxima 6.ª feira vão mostrar que os seus bancos são «intocáveis», o «sistema financeiro é sólido» e «dissipar muitos equívocos», eu diria que a coisa parece equívoca e, por isso, o pobre deve desconfiar de tão generosa esmola.
O facto do «sentimento» de Strauss-Kahn, o director do FMI, ser de «tudo isto vai dar mais confiança» não nos deve inspirar confiança, sabendo-se que os testes resultam duma caldeirada metodológica, nunca tornada publicamente transparente, orquestrada pela Comissão Europeia, o BCE e um obscuro Comité de Supervisores Bancários Europeus, e estão a ser aplicados por 20 reguladores de diferentes países. O contraste com o processo conduzido pela Reserva Federal americana não pode ser maior.
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