Foi confrangedor ouvir a narrativa empastelada e ver o entorpecido body language de Granadeiro à saída da AG da PT debatendo-se com as contradições entre o seu papel de serventuário de Sócrates, no caso TVI abundantemente demonstrado, e a sua representação do gestor pseudo-independente acabado de ser corneado pelo mesmo Sócrates. Não havia necessidade. Uma criatura com algumas competências, o melhor aluno do ano de não sei quantos, com currículo, com uma fortuna pessoal, prestar-se a estes serviços iníquos a uma personagem daquelas.
Foi confrangedor ver a decepção dos Espíritos aos sentirem-se também corneados, depois dum longo conúbio com os governos socialistas, debatendo-se entre a dissidência respeitosa e a ameaça da demissão de banqueiros do regime e agitando fantasmas de OPAs sobre a PT, fantasmas sem demora também replicados pela machina Ongoing e esperando o inevitável desfecho.
Foi confrangedor ver Paulo Portas a tentar um impossível convívio entre dúvidas sobre a excepcionalidade do veto e a sua admissão do princípio da intervenção do estado nas decisões de gestão dos accionistas, revelando o seu estatismo de direita populista e troglodita.
Foi constrangedor ver o coro de virgens pudicas da imprensa espanhola, clamando contra aquilo que na sombra ou às claras o governo e as empresas espanholas sempre fizeram.
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