29/06/2010

A caminho dos amanhãs que choram os pastorinhos abandonam o barco (2)

aqui tinha escrito. Os pastorinhos da economia dos amanhãs que cantam, um após outro, abandonam discretamente o barco Sócrates que faz água pelos múltiplos rombos, e põem-se a jeito na praia para apanhar o próximo vapor. Um dos casos mais notórios é o de Daniel Amaral. Depois de anos a dar lustro às políticas dos governos socialistas (com alguma inteligência e uma certa discrição, registe-se em seu benefício), começou a sofrer uma crise de fé que nos últimos tempos roça a heresia. Leia-se este balanço arrasador e os medonhos amanhãs que anuncia:

«A ilação a tirar é que perdemos uma década a adoptar políticas erradas: na escolha dos investimentos, na organização das empresas, na legislação do trabalho, na distribuição dos rendimentos, na gestão da poupança, sei lá! E as chamadas reformas estruturais vão ter de recomeçar do zero. Mas isso ainda seria o menos. O pior é que, em simultâneo, o nível de vida vai sofrer uma queda abrupta para valores substancialmente mais baixos. Vem aí uma revolução. Como é que se explica isto às pessoas?»

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