23/05/2010
ESTADO DE SÍTIO: O protectorado
O termo protectorado usado, depois do regresso do animal feroz de Bruxelas com o rabito entre as pernas, para classificar o estado para que caminha o estado português entrou na moda. Primeiro Campos e Cunha, o distraído ministro das Finanças de José Sócrates, invocou como protector a Alemanha. Depois Jerónimo de Sousa, o papa em exercício do marxismo-leninismo português, invocou Bruxelas como protector - vem a dar no mesmo, visto o protector de Bruxelas ser a Alemanha. A diferença é Campos e Cunha considerar que, não sabendo os nativos governarem-se, «boa dose de colonialismo não deixa de ser saudável», enquanto Sousa pressupõe que, apesar de Moscovo já não ser o que era, os comunistas estariam à altura do desafio e levariam o país não para «esta União Europeia, esta união monetária (que) não serve Portugal nem os portugueses» mas possivelmente a uma outra que poderia ir desde a serra da Estrela até aos montes Urais (Urálskiye góry) - a tese do general de Gaulle com 50 anos de atraso. O primeiro vê o protectorado como uma medicina para os males dos indígenas e o segundo vê o protectorado como o mal dos indígenas. Nenhum terá razão, mas o segundo está bastante mais longe da verdade.
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