Segundo Miguel Frasquilho, que costuma saber do que fala nesta matéria, a alteração do método de orçamentação das despesas de pessoal compromete a comparabilidade do OE 2010 com o OE 2009 e configura mais uma «martelada». Segundo os números da Unidade Técnica de Apoio Orçamental, a diferença ultrapassa 4 mil milhões de euros.
Segundo João Duque, que também costuma saber do que fala nesta matéria, o valor actual líquido dos encargos com as PPP (o instrumento de desorçamentação preferido do governo Sócrates) referido no orçamento reduziu-se milagrosamente de 23,2 mil milhões de euros (15% do PIB) em Dezembro de 2008 para 8,5 mil milhões de euros no OE 2010. E onde foram parar os certamente mais de 15 mil milhões? Ou, para usar as palavras de João Duque, para onde se «sumiram … os encargos com as Concessões e Subconcessões Rodoviárias»?
Dão-se alvíssaras a quem os encontrar. «Eu engano-me, mas não engano».
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