«Eu engano-me, mas não engano. Que me posso enganar admito, mas o que se passou foi que fomos confrontados com condições que nos fizeram rever os números», confessou com assombrosa inocência o ministro das Finanças para justificar esta novela ainda hoje aqui descrita no (Im)pertinências.
Escusava bem de ter errado em 322,7% no défice, que começou em 2,2% e acabou em 9,3%. Bastaria ter pedido ao governador do BdeP Vítor Constâncio para o estimar, o mesmo Constâncio que conseguiu a enorme proeza de estimar o putativo défice que o primeiro governo Sócrates herdaria se até ao final de 2005 não tomasse as medidas que ele, doutor Constâncio, sabia que haveria de tomar porque já tinha nascido o eu do «está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu».
Se tal tivesse acontecido, Vítor Constâncio, que estimou 9 meses antes o défice as if de 2005 em 6,83% (seis vírgula oitenta e três por cento), teria informado Teixeira dos Santos que no final do 2009 o défice seria de 9,31416%.
[Este post foi inspirado numa ideia do Corta-Fitas, via Insurgente]
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