Almunia manda recados ao governo português. Os spreads da dívida pública grega a 5 anos já vão em 4,14%. Os de Portugal aumentaram para 2,09%. O PSI está a perder vários pontos percentuais. Solidariamente, o mercado de capitais de coronel Tapioca ultrapassa pela esquerda o do amigo Sócrates. A imprensa internacional que nos costuma ignorar apercebe-se que estamos a naufragar.
Exageram? Não parece. A dívida pública mais do que duplica nos anos do socratismo: aumenta de 41,6% do PIB em 2005 para 88% em 2010 e, se lhe adicionarmos a dívida das empresas públicas e os compromissos com as PPP a coisa atinge a percentagem astronómica de 122% (contas de Pinho Cardão, aqui, próximas das de Dezembro do (Im)pertinências, aqui).
Sócrates «ameaçou (?) demitir-se por causa de 0.05% do PIB quando tem um défice de 9.3%» e, qual Ulisses amarrado ao mastro do autismo, não ouve nada porque tem os ouvidos tapados com a cera do desespero e da falta de saídas.
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