17/12/2009

SERVIÇO PÚBLICO: as contas do TGV (2)

[Continuação de (1)]

Depois de dois artigos imperdíveis (I e II) de Avelino de Jesus sobre o maior elefante branco deste século, eis o terceiro igualmente imperdível.

Esqueça as externalidades que são praticamente irrelevantes, esqueça o multiplicador do investimento que é pura fantasia e ponha uns cobres de parte para pagar o pão-de-ló para o elefante porque as receitas cobrirão menos de 1/3 dos custos totais anuais. Esqueça também o transporte de mercadorias - em todo o lado desceu com a exploração do TGV - mas não esqueça a bitola ibérica nas linhas de transporte de mercadorias que vem piorar tudo.

Em resumo, cortesia do socialismo pós-moderno, «o país vai ser atado a um encargo permanente de 1,5% do PIB para que os portugueses mais abastados possam dispor de uma comodidade conspícua. Em média, cada português fará 2 viagens por ano em AV - em detrimento de um projecto verdadeiramente prioritário de renovação da via ferroviária visando o transporte de mercadorias e ligando, em bitola europeia, os nossos portos à Europa central

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