Segundo o estudo de Freitas do Amaral, que não pode ser acusado de má vontade face ao governo de Sócrates, foram criadas pelo governo, por autarquias e universidades públicas mais de 300 fundações, que não são fiscalizadas, das quais em muitos casos não se conhece a actividade, a origem dos fundos e os activos e passivos de que dispõem. Entre os casos mais notáveis incluiu-se a criação por Armando Vara da célebre Fundação para a Prevenção e Segurança e mais recentemente a Fundação para as Comunicações Móveis. Não é preciso ser-se um especialista na lubrificação das engrenagens políticas para se perceber que a maioria destas fundações são pipelines para drenar dinheiro público para os partidos, ficando pelo caminho os habituais emolumentos para os intermediários. Para os partidos, entenda-se os partidos que estiveram no poder nos últimos 15 anos, desde o primeiro governo de Guterres, o que faz 12 anos de quatro governos PS e menos de 3 anos de dois governos PSD.
É impossível que não existam pelo menos algumas dezenas de militantes e dirigentes do PS (e do PSD) que conhecem o funcionamento destas máquinas de extorsão. Não há ninguém honrado por lá?
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