O título do Diário do Governo de Notícias era deprimente: «Mais portuguesas solteiras vão a Espanha engravidar». O texto continuava: «as maiores clínicas espanholas estão a receber cada vez mais mulheres vindas de Portugal para engravidar». Pensei o pior. Estaria o lendário macho português em extinção e milhares de fêmeas, quem sabe se dezenas de milhar, abandonadas à lendária inclinação castelhana pelas nossas apetitosas damas?
Felizmente a continuação da leitura sossegou o meu espírito atormentado. Afinal a maioria das fêmeas, chamemos-lhe assim indevidamente, é homossexual e «tenta contornar a lei portuguesa». E quantas seriam, interroguei-me, ainda preocupado. Nas duas maiores clínicas espanholas, numa «já atenderam 12 portuguesas solteiras» este ano e na outra em 3 anos foram 29.
São poucas mas, segundo dizem, têm gasto imenso dinheiro nesse «turismo civilizacional», como lhe chama uma das criaturas ouvidas e tudo porque só as mulheres «tuteladas por homens» podem ser inseminadas. É uma injustiça e um grave problema civilizacional que requer medidas urgentes. Aqui fica a sugestão para o grupo parlamentar berloquista bloquista tratar do assunto com a prioridade que merece. Seria mais do que nunca apropriada uma ejaculação do órgão legislativo AR, como prevista no Glossário.
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