29/10/2009

DIÁRIO DE BORDO: atirando no próprio pé

Só ontem tive oportunidade de ler o artigo «Uma farsa» de Vasco Pulido Valente sobre as «patetices» bíblicas de José Saramago. VPV passa ao lado da bola e vai directo às canelas de JS, para usar uma linguagem que seria detestada pela pesporrência que ambos partilham. VPV usa a argumentação preconceituosa e enfatuada do doutorado que esmaga com a sua superioridade intelectual as ideias do «trolha ou tipógrafo semianalfabeto» a quem coube na lotaria sueca um Nobel, «como vários camaradas». É uma argumentação a la Saramago, que poderia dizer de VPV que um filho-família da média burguesia privilegiada, levado ao colo desde o berço, coisa que provavelmente se lhe aplica, não tem autoridade moral para discutir com ele, que fez a vida a pulso. Ou que VPV é um idiota, coisa que provavelmente não se lhe aplica, porque quando fala na TV não consegue articular decentemente um pensamento.

VPV desceu à altura de JS. Ficaram equivalentes.

Declaração de desinteresse:
Não concordo com as ideias, não gosto da pessoa de Saramago e não tenho especial apreço pela sua obra. VPV como pessoa é-me indiferente, estou por vezes de acordo com as suas ideias e leio-o geralmente com agrado (desligo o som quando balbucia na TV).

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