26/09/2009

O voto do (Im)pertinências é um voto impertinente



Para quem, como nós, defende o primado das liberdades individuais e um estado mínimo não há votos a favor no leque de escolhas do actual espectro partidário. As escolhas disponíveis são entre duas modalidades do estado soviético e três modalidades do estado social e outras exóticas variantes dessas duas famílias. Há, quanto muito, o voto útil, que é um voto inútil para afirmar uma escolha política liberal.

O nosso voto inútil vai, como não podia deixar de ser, para o PSD. Porque sendo um partido híbrido, onde convivem socialistas mitigados, que partilham o mesmo colectivismo do PS, e uns poucos liberais envergonhados, manterá (com alguma sorte nossa, não reforçará) o estado social com menos convicção e mais incompetência do que o PS. Mas o nosso voto vai, sobretudo, contra o PS de José Sócrates, a clique com menos escrúpulos, que mais promoveu a promiscuidade entre política e negócios, com mais cinismo e que mais ocupou e usou o aparelho de estado na defesa dos seus interesse e mais manipulou a opinião pública, que Portugal viu desde a queda da I República. E fê-lo arruinando o país que quatro anos e meio depois tem mais desemprego, está mais pobre (*), menos produtivo e mais endividado. Um país que soçobra debaixo do peso crescente dum estado incompetente e omnipresente que afoga a pouca iniciativa empresarial, que promove a dependência e asfixia as liberdades.

É uma questão de higiene.

Impertinente                 Pertinente


(*) O gráfico do índice caranguejo de A destreza das dúvidas fala por si.

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