Um tanto surpreendentemente, Portugal surge no gráfico seguinte como um dos países da OCDE em que os licenciados têm um rendimento adicional (*) mais elevado durante a sua vida de trabalho. Porquê surpreendentemente? Ora, porque sendo má a qualidade média das universidades portuguesas e estando as melhores longe do topo do ranking, seria de esperar que uma graduação não representasse uma mais-valia tão significativa em termos relativos. A explicação talvez seja a reduzida mobilidade social na sociedade portuguesa e a inerente importância dos títulos que confere aos detentores dum canudo, frequentemente independente da qualificação e das competências, um passe social para a ascensão.
[Fontes: Learning and earning, Sep 8th 2009 e It still pays to study, Sep 10th 2009, ambos da Economist]
(*) Os valores do relatório da OCDE são os valores actuais líquidos descontados a uma taxa de juro de 5%, sendo as comparações entre países baseados na paridade do poder de compra.
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