Este governo não pára de me surpreender. Depois de ter gasto apenas uns míseros 278,5 milhões dum total de 2.500 milhões do plano global de combate à crise, segundo nos informou um secretário de estado adjunto, o governo, pela boca do ministro das Finanças, cada vez mais um clone tristonho do querido líder, informa-nos que «as medidas levadas a cabo pelo Governo para enfrentar os efeitos da crise estão a resultar» e que «o pior da crise terá já passado».
A receita é simples: se decrescemos menos do que os outros, são as medidas do governo; se crescemos menos do que os outros, como é costume, é a crise. É extraordinário o que o contágio fez dum homem, que parecia sensato, digno de crédito e com a sebenta da macroeconomia decorada, um sujeito trapalhão, cheio de truques, sempre a vender o produto estragado do querido líder.
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