«Uma triste conclusão - o imaginário político nacional está dominado pela doença profunda do populismo. Desde logo o populismo oficial do Governo, possante, pesado e megalómano. Depois o populismo silencioso do PSD, modesto, prudente e cirúrgico. À solta pelo país sobra ainda o populismo de uma esquerda radical arrogante, confiante e com ambição de poder. Com tantas e desvairadas linhas populistas, o certame eleitoral arrisca-se a passar ao lado dos problemas do país. No lugar de uma alternativa e em vez de um debate político sério, os portugueses vão assistir a uma guerra de poder entre vários géneros populistas. Portugal ainda acaba (*) no paraíso do país ingovernável.»
[“Psicopátria”, Carlos Marques de Almeida no DE]
(*) Ainda acaba? Que pena numa prosa tão lúcida ter sido esquecido o famoso general romano.
Sem comentários:
Enviar um comentário