«A forma como foi publicitada esta opinião - através de um manifesto - é relativamente inédita entre economistas em Portugal. Mas, independentemente da forma, pessoalmente acho que não haverá nenhum economista responsável em Portugal que não concorde em que se aprofunde e clarifique a rentabilidade destes projectos, bem como se avalie o impacto que eles poderão ter no ‘deficit' corrente do país, atendendo ao preocupante nível do mesmo - próximo dos 100 % do PIB - aproveitando-se de resto a oportunidade que o Governo nos deu, "empurrando" a 1ª grande adjudicação sobre o TGV para depois das eleições legislativas. Por isso também sou solidário com as preocupações dos meus colegas, quanto a esta questão.»
[O manifesto, Francisco Murteira Nabo no Diário Económico]
Percebe-se que as ideias do bastonário do que é melhor para o país, como por acaso, coincidam com as da clique dirigente do PS momentaneamente no governo. Percebe-se e aceita-se. Não se percebe, nem se pode aceitar, a falta de escrúpulo profissional que o leva a ignorar quatro anos dos jamais de Sócrates e dos seus acólitos em relação ao TGV que precederam a derrota nas eleições europeias e a súbita descoberta do «escrúpulo democrático» que nos concedeu a graça da «oportunidade».
Um país que tem elites deste calibre tem que ser um país em vias de subdesenvolvimento. Esta gente esgota-se e esgota-nos com a sua doentia e obsessiva manipulação.
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