Perdidas as ilusões do fim da história, da paz eterna, do concerto das nações sob a batuta do império benigno, tornou-se outra vez visível o desconcerto das nações e as semelhanças crescentes do século XXI com o século XIX, com novos protagonistas e, sobretudo, novas armas que teriam feito as delícias das potências emergentes do século XIX.
Pelo caminho, a Europa perdeu a hegemonia e mostra-se incapaz de lidar com (já nem se fala em confrontar as) as velhas novas potências, com os ressuscitados do comunismo. A Rússia acordada de um pesadelo de 10 anos e revigorada à custa do petróleo e do capitalismo de estado da clique KGB-FSB do czar Putin. O Império do Meio ressuscitado de um sono de séculos de séculos pelo sistema dos dois sistemas comandado pela clique do PCC.
Europa que se mostra igualmente incapaz de lidar com os herdeiros de Khomeini impregnados do fundamentalista shiita. Ou mesmo de conviver com a superpotência, ela própria à procurar da identidade perdida e no início dum longo período de acomodação à nova situação de partilha global.
[Recomendação de leitura: O regresso da história e o fim dos sonhos de Robert Kagan, ainda com a tinta fresca da Casa das Letras.]
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