«Se quizerem perceber porque é a guerra tão vital, é simples: sem ela, Israel há muito teria sido consumida por conflitos irremediáveis entre os mundos que a habitam», escreveu Miguel Portas no seu Sol de Esquerda.
Não estivesse Miguel Portas possuído pela sua irredutível fé, lembrar-se-ia do conhecido ditado arábe (eu contra o meu irmão, eu e o meu irmão contra o meu primo, eu o meu irmão e o meu primo contra o resto do mundo), e, em vez de Israel, poderia ter escrito Líbano, Jordânia ou Médio Oriente. E ocorrer-lhe-ia que, se é verdade que não se esquecer do cerco de inimigos que desejam ardentemente a sua destruição é condição de sobrevivência para um pequeno país é também uma condição de sobrevivência para todos os regimes autocráticos, na melhor hipótese, ou despóticos na pior, que cercam esse pequeno país cultivar com desvelo o ódio a um inimigo externo.
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