«A crise financeira que nos vai contagiando resultou não apenas da convicção de que os mercados se auto-regulariam, mas também de uma espiral imparável de avidez e ganância», conclui o jornalista António José Teixeira no seu artigo «Colher antes de plantar» no Diário Económico de hoje.
A fé dos convictos «de que os mercados se auto-regulariam» não parece muito sólida se nos lembrarmos que uma das causas da pletora de crédito que está na origem da crise foi o dinheiro estupidamente barato resultante da intervenção constante do FED regulando as taxas de juro.
Quanto à «espiral imparável de avidez e ganância», das duas, uma: ou AJT acredita no altruísmo intrínseco e inabalável dos agora ávidos e gananciosos, e então precisa explicar porque se deixaram cair em tentação durante a última década, ou AJT acredita que os suspeitos do costume são intrinsecamente ávidos e gananciosos e, nesse caso, precisa explicar porquê na década anterior a espiral de avidez e ganância não foi imparável.
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