«Do ponto de vista directo, aquilo que pretendemos atingir é entre 80, 90 mil, 100 mil pessoas. Isso dá uma ideia da dimensão da resposta que precisamos e também da dimensão do problema», disse o ministro do Trabalho ao Diário Económico, a semana passada.
Como me falece completamente a pachorra para escrever algo de novo sobre este tema, resta-me republicar o post de 26 de Outubro, que se segue à saga «O efeito do tempo sobre os objectivos do governo» (partes I, II e III).
AQUI VAI ELE (basta substituir Teixeira dos Santos por Vieira da Silva, os números podem variar, mas a treta é a mesma:
«O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, reconheceu hoje (dia 22) que a meta de criar 150 mil postos de trabalho, avançada inicialmente pelo Governo de José Sócrates no início da legislatura, é difícil de atingir, mas relembrou que já foram criados 133 mil empregos e que só faltam 17 mil para alcançar o objectivo.» (Diário Económico)
Ó senhor ministro das Finanças, ó senhor doutor Teixeira dos Santos, tende piedade de nós. Não há mais pachorra para escutar essa treta dos empregos criados. No programa do governo não consta criar empregos, mas diferentemente «recuperar, nos próximos quatro anos, os cerca de 150.000 postos de trabalho perdidos na última legislatura» (Programa de XVII Governo (CAPÍTULO I UMA ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO PARA A PRÓXIMA DÉCADA, I. VOLTAR A ACREDITAR, 1. Uma estratégia mobilizadora para mudar Portugal, página 8). Se fossem criados um milhão de empregos e perdidos dois milhões o governo consideraria que estava a «resolver o problema do desemprego e combater as desigualdades sociais»?
Não haverá um só jornalista capaz de questionar as tretas do senhor ministro quando ele os trata como estúpidos?
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