Se a produtividade é uma das mais baixas da EU e a crescer mais devagar, em contrapartida os custos do trabalho continuam a aumentar (4% de crescimento homólogo no final do 3.º trimestre) muito acima da produtividade e as horas efectivas de trabalho a diminuir (1,5% de redução homóloga no final do 3.º trimestre). Mas o senhor engenheiro não desanima e promete «todo o investimento público que puder ser feito» garantindo assim que continuaremos o caminho que nos trouxe até onde nos encontramos.
Tudo sem surpresas. Igualmente sem surpresas é a reivindicação do presidente da câmara de Aljustrel para o governo nacionalizar as minas de pirites que a Somincor pretende fechar: «uma iniciativa do mesmo género que se verificou relativamente ao BPN», disse. Aliás, a continuar a tendência da produtividade e dos custos do trabalho, a solução proposta pelo autarca pode ser generalizada a muitas outras empresas, pelo menos enquanto se conseguir aumentar o endividamente externo. Por falar nisso, hoje ficou a saber-se que apesar da economia portuguesa contar menos de 1% da UE o crédito que o BEI nos concedeu vale 5% da sua carteira.
Enquanto isso, o ministro anexo que dormita no BdeP, à míngua de cumprir decentemente a sua missão como supervisor, chuta a bola para o lado e divulga mais regras para a informação a prestar pelos bancos aos clientes.
Sem comentários:
Enviar um comentário