Não sei se está em marcha uma conspiração para reconstruir o Bloco Central, como parece admitir Paulo Morais. Com ou sem conspiração, pode ser que lá se chegue pela convergência de realidades (o desgaste resultante da deterioração da situação económica, o ressentimento de corporações como professores, militares e juízes) e de interesses (do PS, do PSD e de Cavaco Silva), no caso possível, mas em minha opinião não muito provável (ver «Saiu-lhe a sorte grande»), da perda de maioria do PS.
Se for assim, sem dúvida, acontecerá como prevê Paulo Morais [via Blasfémias]:
«Esta nova união nacional promoverá os mega-investimentos públicos que a crise aparentemente justifica, os neokeynesianos doutrinam e o presidente da República apadrinha. Construir-se-á o TGV, desbaratando 15 mil milhões de euros num projecto absolutamente inútil. Além do novo aeroporto de Lisboa, da nova travessia sobre o Tejo e o que mais virá.
Envergonhando a sua história, o PSD será protagonista desta tragédia. Quando mais os portugueses precisariam que se assumisse como partido de fractura, este apresenta-se como o "partido da factura". Negociando votos em troca de favores a amigos.»
Sem comentários:
Enviar um comentário