Se se mantiver o padrão da última década, a resposta do emprego ao ciclo económico terá um desfasamento de 9 a 18 meses, como evidencia o gráfico seguinte extraído do artigo «PIB e Emprego: Uma Contradição Apenas Aparente» de Miguel Frasquilho.
A ser assim, e muito provavelmente será, em consequência do enfraquecimento do já débil crescimento doméstico e dos nossos principais parceiros europeus, são más notícias para o governo Sócrates que no zénite da campanha eleitoral (iniciada com a tomada de posse) poderá ver o desemprego aumentar outra vez até aos níveis de há 3 anos. Ficará então definitivamente comprometido o objectivo do programa de governo de «recuperar os cerca de 150.000 postos de trabalho perdidos na última legislatura». Até mesmo a versão reformada deste objectivo (criação de 150.000 postos de trabalho) pode não ser cumprida (ver aqui o que o Impertinente escreveu sobre a hermenêutica do programa de governo). Será mais um desafio à capacidade de José Sócrates para (re)criar factos políticos.
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