13/09/2008

CASE STUDY: A cada um o seu tabu. De cada um a sua espórtula.

«The taboo against bailouts has been broken. Now the problem is that everyone is rushing the government at the same time. Wall Street firms ran up risk for a decade after the LTCM bailout precisely because there was a bailout.
The unwritten message, what the bankers call moral hazard, was simple: come a crisis, the government will do everything it can to avoid a collapse.
» (ver mais aqui)

Por cá nunca houve tabus desta natureza. A indigência dos indígenas contenta-se com uns trocos e as coisas, sendo mais fáceis, são bastante mais equívocas, como seria de esperar de criaturas com engenharias mentais tortuosas.

De trocos literalmente fala o doutor Cadilhe, certificado em tempos como o melhor ministro das Finanças depois de não sei quem, que diz ter um acordo com o BdeP para lhe ficar com uns cinco milhões de moedas do Euro 2004 na posse do BPN por 40 milhões de euros.

Em trocos mais graúdos pensam os construtores (Mota-Engil, Soares da Costa e Somague) quando pedem o adiamento do prazo para a adjudicação da AE Transmontana e Douro Interior e imploram ao governo que instrua os bancos para abrirem as bolsas. Em última instância a mãozinha do doutor Coelho, agora descansando na Mota-Engil da sua actividade de estradista, poderá abrir facilmente os cofres da Caixa, já que se trata de um incontornável imperativo nacional.

Já não se pode falar feijões quando o governo atira um aeroporto no deserto de Alcochete (uns 2 mil milhões de euros) para cima dos municípios do Oeste compensando-os da perda do aeroporto da Ota (ver a resolução do conselho de ministros aqui).

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