24/08/2008

CASE STUDY: os mitos da educação pública (1)

Até recentemente, isto é até o ministério da Educação reduzir o grau de dificuldade das provas e conseguir o milagre duma média de 14 valores no exame de matemática do 9.º ano, os resultados nesta disciplina eram miseráveis, como sucessivamente mostraram os relatórios trienais do PISA (Programme for International Student Assessment), com excepção do ano em que o governo Guterres resolveu não participar para não abalar a auto-estima dos nossos jovens, cujas tenras meninges não suportariam, receava, o confronto com a dura realidade.

Uma vez mais, a realidade mostra que o mito da fragilidade do ego dos nossos estudantes do secundário é completamente destituído de fundamento. É o que se conclui da comparação do score em matemática (466) conseguido pelos alunos portugueses que se posiciona em 26.º lugar em 30 países da OCDE, com o score da Self-Efficacy (S.E.) (*) que nos coloca em 9.º lugar. Os nossos alunos são ignorantes em matemática, vivem sem dar por isso, como disse o poeta Aleixo, e mantêm uma fé inabalável na excelência das suas competências.

(*) «Unlike efficacy, which is the power to produce an effect (in essence, competence), self-efficacy is the belief (whether or not accurate) that one has the power to produce that effect.» (ver mais aqui)

Range of rank of countries/economies on the mathematics scale (PISA 2006)
(Clicar para ampliar)

Sem comentários:

Enviar um comentário