Ainda estamos longe do fim dos ajustamentos nos bancos portugueses, que estão a pagar as consequências de irem para a cama uns com os outros e todos eles com os seus clientes.
Caiem as acções do Millenium bcp e o BPI regista as correspondentes menos-valias nas suas participações. Caiem os activos e os resultados do BPI, o que faz cair a sua cotação, o que, por sua vez, faz cair ainda mais o Millenium bcp, o que faz cair outra vez o BPI, e assim sucessivamente.
Caiem as acções do Millenium bcp e do BPI e o valor dos fundos de pensões do Millenium bcp e do BPI cai também, o que gera uma insuficiência face às responsabilidades por pensões que os bancos terão que repor. No entretanto, o mercado desconta essa insuficiência nas cotações que caiem outra vez.
Caiem as acções do Millenium bcp e do BPI e os grandes accionistas cotados (sobretudo os accionistas do Millenium bcp) vêem os activos diminuir e o mercado penalizar as suas acções. Diminuem os activos desses clientes e o seu risco de crédito aumenta. O mercado não deixará de penalizar os bancos de que são accionistas e clientes com empréstimos avultados (a Teixeira Duarte, accionista do Millenium bcp, deve-lhe mais do que valor da sua capitalização bolsista).
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