Depois de 3 anos de governo maioritário (um dos 3 únicos dos últimos 34 anos) o que resta dos tímidos ímpetos reformistas do engenheiro Sócrates? Praticamente nada. As reformas do SNS e do ensino hibernaram à espera duma nova oportunidade que poderá não chegar. A reforma da administração pública ficou reduzida a trabalhar para o ranking.
As reformas que não foram feitas durante a vigência do discurso dos amanhãs que cantam, ainda menos vão ser feitas a um ano das eleições, com o reconhecimento das «dificuldades sérias» e as «preocupações sociais», por um lado, e o anúncio repetido vezes sem conta das grandes obras, por outro.
Se, como parece provável, o melhor resultado do PSD for fazer o PS perder a maioria, os portugueses têm como praticamente certo mais uma década no pântano. Não que as coisas pudessem ser muito diferentes com um governo PSD liderado pela doutora Ferreira Leite. O que se poderia esperar duma equipa comprometida até à medula com a medicina que foi administrada pelos governos anteriores do PSD? Mais do mesmo. Até mesmo os gurus que, como todos os gurus, imaginam que a falta de ideias novas, ou simplesmente ideias, do líder é um terreno fértil para cultivar as suas receitas, acabarão por desertar o mais tardar quando perceberem que a aposta do doutor Cavaco para a reeleição não passa por aí.
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