Não fico espantado quando ouço o que dizem ou escrevem (os mais afoitos) adeptos do FCP, numa linha estratégica tortuosa de desculpabilização, os mais assanhados, ou de relativização, os mais envergonhados, de Pinto da Costa e dos seus pit bulls no caso Apito Dourado e nas outras trapalhadas mafiosas em que se envolveram. Afinal tratando-se dum presidente dos lampiões ou dos lagartos, uns e outros adoptariam, seguramente os primeiros, provavelmente os segundos, a mesma estratégia. Há apenas uma diferença de tom. No caso do FCP, dum tom ressabiado ridiculamente provinciano.
Espanta-me um pouco mais que luminárias liberais tripeiras afinem pelo mesmo diapasão. Ocorre-me o que se diz que o presidente Franklin D. Roosevelt terá dito em 1939 a propósito do apoio ao ditador Somoza: «he may be a son of a bitch, but he's our son of a bitch». A mesma frase foi reiteradamente aplicada para justificar as cumplicidades da administração americana com muitos outros ditadores, um pouco por todo o mundo.
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