Agitou-se o ministro anexo doutor Constâncio, na sua intervenção de sexta-feira, a clamar contra as «ideias que apontam para a redução do peso do Estado» e logo o doutor Nazaré lhe faz eco esta manhã enaltecendo os méritos do investimento em obras públicas.
Ao contrário do doutor Constâncio cujo argumentário se perde na estratosfera da macroeconomia, o doutor Nazaré recorre a argumentos mais terrenos. Alguns deles parecem à primeira vista argumentos para os adversários do seu pensamento.
Exemplo deste último tipo de argumentos é a sua tese da evidente falta de resultados dos fundos comunitários torrados na formação profissional demonstrar implicitamente que o caminho a seguir é torrar outros fundos comunitários e o dinheiro dos contribuintes em auto-estradas, IPs e ICs que ninguém usa.
Para o doutor Nazaré esse investimento em vias rodoviários permitirá contornar «uma orografia complexa, uma mobilidade humana limitada e uma assimetria gritante entre o litoral e o interior, largamente ditada por séculos de isolamento geográfico». Segundo o doutor Nazaré «a admiração que alguns estrangeiros exprimem perante o descongestionamento de algumas das nossas auto-estradas é ilusória». A leitura do quadro seguinte extraído do relatório da Brisa permite perceber a admiração de alguns estrangeiros e a ilusão do doutor Nazaré, que teve a sorte de não nascer na Suiça (nem na Irlanda).
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