«Porque gastar 3 mil milhões para atravessar o Tejo, se custa 300 com novas tecnologias?
As grandes capitais como Paris e Londres têm transporte integrado com minibus a biogás nos subúrbios até o metro no centro, com o mesmo cartão. Têm grandes parques junto às estações de comboio e metro; portagens se o automóvel entra na cidade.
Muitos engenheiros afirmam que a ponte Vasco da Gama tem capacidade até 2030 ou mais. Falta um túnel para comboios! É a mais simples e barata solução. Não altera a vista nem o habitat das aves. O de Estocolmo, para o metro, e o do Canal da Mancha para comboio de passageiros e veículos mostrou ser o melhor. Hoje é pré-construído à beira-rio em módulos estanques, rebocados, localizados a GPS e afundados numa semi-vala pré-dragada no rio, similar aos de Boston e Baltimore.
Um terramoto danificaria a ponte planeada, como em S. Francisco; um túnel modulado usa um tipo de airbag que fecha o módulo afectado sem danificar o resto do túnel.
As formas estão prontas, a tecnologia usada. Se querem quatro vias, faz-se dois túneis. Enquanto a ponte limita a uma dúzia os possíveis concorrentes e permite todo o tipo de lóbi, o túnel, após o projecto, pode abrir-se para oitenta concorrentes, todos locais. Usa 100% de materiais fabricados por cá, por empresas de cá, com empregados de cá.
A quem interessa gastar 3 mil milhões em vez de 300? Quem vai pagar 30 dos 40 mil milhões em obras faraónicas? Em portagens, tarifas e impostos, um milhão de contribuintes terão que pagar, cada um, mais 5 mil euros por ano em 6 anos para satisfazer o lóbi de uma dúzia de empreiteiras?? Inovar é usar um túnel para atravessar o Tejo.»
[Jack Soifer, no OJE de hoje]
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