07/04/2008

ESTADO DE SÍTIO: os fetos e os afectos do Estado, segundo o PS

O divórcio na hora, objecto do projecto de lei que o PS apresentará no parlamento, é mais uma emanação das concessões do oportunismo político do engenheiro Sócrates para sossegar as milícias do politicamente correcto que habitam no PS e que caminham a reboque do radicalismo chic berloquista. «É a concepção da conjugalidade assente nos afectos» explicou o doutor Alberto Martins, como se o Estado em vez de garantir clareza e previsibilidade nas relações contratuais – e face ao Estado, o casamento é apenas isso - tivesse que se imiscuir nos sentimentos e emoções das partes. Como contrato que é, em que se distinguirá o casamento duma união de facto, se uma das partes poder resolver unilateralmente o contrato sem uma causa objectiva?

A longo prazo, a maldita demografia torna divórcios na hora, abortos a pedido e cesarianas por receita médica dificilmente compatíveis com direitos adquiridos, pensões garantidas e toda a parafernália do Estado social, qual divina providência, que o infantilismo esquerdista nos quer impingir. E o infantilismo direitista, já agora.

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