PRACE e Simplex reduzidos ao folclore mediático, sem consequências no emagrecimento ou extinção de nenhum departamento. Plano tecnológico com um impacto epidérmico que se esgota nos anúncios. Avaliação dos profs em que todos acabaram a fazer de conta: uns que avaliarão, outros que serão avaliados. Reforma do SNS completamente subvertida, com a ministra a esconjurar da saúde o «negócio» e o «lucrativo».
O que resta das reformas mil vezes anunciadas por José Sócrates? Restam a amargura, o cansaço e a irritação dos grupos que foram massacrados pelos discursos, mas apenas mordiscados por umas tímidas medidas que deixaram praticamente intactos os direitos adquiridos.
Resta também o pior de dois mundos: uma desigualdade social crescente, mas a mesma falta de competitividade, a mesma rigidez nos mercados de trabalho, os mesmos omnipresentes direitos adquiridos, apenas erodidos pela crescente inflação. E resta um novo ciclo do betão que reduzirá a pó todos os microscópicos resultados conseguidos em 3 anos. No final, teremos um novo início.
Como justificar reformas, que seriam penosas se executadas, ao mesmo tempo que se anuncia o fim da crise e se imagina a prosperidade ao virar da esquina?
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