31/03/2008

Andam a pedi-las há duas gerações

Com excepção de uns poucos milhares, entre os quais me encontro, os portugueses pertencem a pelo menos uma das seguintes categorias: são ou foram membros de um ou vários dos 30 governos que se sucederam à queda do marcelismo, nalguns casos são ou foram responsáveis pelas políticas da educação, são ou foram alunos ou professores nos últimos 30 anos, são ou foram funcionários do ministério da Educação, são pais que delegam ou delegaram nos professores a educação dos seus rebentos. Dito de outro modo: a esmagadora maioria dos portugueses tem obrigação de conhecer o clima vivido nas escolas nos últimos 30 anos e muitos deles tiveram um papel activo na degradação do ensino público até chegar ao ponto em que hoje o conhecemos.

Como compreender, portanto, o suposto choque produzido nas meninges dos portugueses por umas imagens possivelmente banais como as da escola Carolina Michaelis? Irresponsabilidade ou hipocrisia?

29/03/2008

CASE STUDY: consulta á distância e pessoalmente

O mais importante da mediuminidade e espiritualidade è obter resultados, rapidos e garantidos a 100%. Dotado de poderes, ajuda a resolver problemas dificeis ou graves em pouco dias, tais como: Amor, insucessos, depressões, negocios, injustiças, casamento, impotência sexual, maus olhados, doenças Espirituais, sorte nas candidaturas, desporto. Exames e protecção contra perigos como acidentes em todas as circonstâncias. Aproxima e afasta pessoas amadas, com rapidez total. Se quer prender uma vida nova e pôr fim a tudo o que o preocupa, nâo perca tempo, contacte o dr pedro e ele tratará o seu problema com eficácia e honestidade. Faz emagrecer ou engordar ajuda para ter filho (engravidar).
consulta á distancia e pessoalmente de segunda a sabado, das 9 ás 21 horas
[email do doutor Pedro, espiritualista medium naturopata]

27/03/2008

DIÁRIO DE BORDO: patrão fora, dia santo na loja

Supunha eu que, estando indisponível um dos contribuintes (Impertinente), competiria ao outro contribuinte (Pertinente) manter o facho aceso. Regressado do além, constato que se tratava duma suposição sem fundamento.

19/03/2008

DIÁLOGOS DE PLUTÃO: encomendar uma pizza no 3.º mandato do engenheiro Sócrates

- Pizza Hut, boa noite!
- Boa noite, quero encomendar Pizzas...
- Pode-me dar o seu NIN?
- Sim, o meu Número de Identificação Nacional é o 6102 1993 8456 5463 2107.
- Obrigada, Sr. Lacerda. O seu endereço é na Avenida Pais de Barros, 19, Apartamento 11, e o número do seu telefone são o 21 549 42 36, certo? O telefone do seu escritório na Lincoln Seguros, é o 21 574 52 30 e o seu telemóvel é o 96 266 25 66, correcto?
- Como é que conseguiu todas essas informações?
- Porque estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.
- Ah, sim, é verdade! Quero encomendar duas Pizzas: uma Quatro Queijos e outra Calabresa...
- Talvez não seja boa ideia...
- O quê?
- Consta na sua ficha médica que o senhor sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida exclui escolhas perigosas para a saúde.
- Claro! Tem razão! O que é que sugere?
- Por que é que não experimenta a nossa Pizza Superlight, com Tofu e Rabanetes? O senhor vai adorar!
- Como é que sabe que vou adorar?
- O senhor consultou a página 'Receitas Gulosas com Soja' da Biblioteca Municipal, no dia 15 de Janeiro, às 14:27 e permaneceu ligado à rede durante 39 minutos. Daí a minha sugestão.
- OK, está bem! Mande-me então duas Pizzas tamanho familiar!
- É a escolha certa para o senhor, a sua esposa e os vossos quatro filhos, pode ter a certeza.
- Quanto é?
- São 49,99.
- Quer o número do meu Cartão de Crédito?
- Lamento, mas o senhor vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu Cartão de Crédito foi ultrapassado.
- Tudo bem. Posso ir ao Multibanco levantar dinheiro antes que chegue a Pizza.
- Duvido que consiga. A sua Conta de Depósito à Ordem está com o saldo negativo.
- Meta-se na sua vida! Mande-me as Pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam?
- Estamos um pouco atrasados. Serão entregues em 45 minutos. Se estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas Pizzas na moto, não são lá muito aconselhável. Além de ser perigoso...
- Mas que história é essa? Como é que sabe que eu vou de moto?
- Peço desculpa, mas reparei aqui que não pagou as últimas prestação do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga e então, pensei que fosse utilizá-la.
- F…
- Gostaria de pedir-lhe para não ser mal-educado. Não se esqueça de que já foi condenado em Julho de 2006 por desacato em público a um Agente Regional.
- (Silêncio).
- Mais alguma coisa?
- Não. É só isso... Não. Espere... Não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que constam na promoção.
- O regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 095423/12, proíbe a venda de bebidas com açúcar a pessoas diabéticas...
- Ah! Vou atirar-me pela janela!
- E torcer um pé? O senhor mora no rés-do-chão.
[enviada por JRF, no dia do seu aniversário]

18/03/2008

DIÁRIO DE BORDO: em viagem para Melmac, via Saturno, numa visita a Alf, para ver um jogo dos Bouillabaisseball (outra vez)

[This image was produced from 126 photographs taken on October 6, 2005, from about 3.9 million miles away from the planet. NASA called it the "greatest Saturn portrait...yet."]

17/03/2008

ARTIGO DEFUNTO: com amigos destes, Pacheco Pereira não precisa de inimigos

Duas páginas dedicadas ao lóbis-homem doutor Abel Pinheiro, com uma chamada à 1.ª página com um título que anuncia revelações comprometedoras: «Dei mil contos a Pacheco Pereira».

Na página 3 repete-se o título, mas tudo o que se encontra numa mancha que ocupa mais de 1/3 do broadsheet (ou será broadshit?) são referências ao doutor Fernando Rosas, «amigo de infância», ao «impoluto» doutor Louça, e a um almoço com o «rapaz» Pacheco Pereira «candidato à Câmara de Loures», que foi acompanhado pelo doutor Júdice, e a quem o benemérito doutor Pinheiro deu «mil contos para a campanha e ele (Pacheco Pereira), em Loures, nunca pôs os pés». Termina com um «há coisas que me enojam», revelando um insuspeitado estômago delicado.

Mesmo dando o prejuízo da dúvida a Pacheco Pereira, cujo passado suporta bem mais do que o benefício, toda esta armação evidencia, para quem não ande distraído, mais do que o expediente habitual de botar a trampa na ventoinha, típico dos apanhados na situação do doutor Pinheiro.

O que terá feito Pacheco Pereira aos jornalistas de causas do Expresso para ter o seu aparente ódio de estimação?

15/03/2008

DIÁLOGOS DE PLUTÃO: inominado

- Atão Anunciação, já recebeste a pensão este mês?
- Olha cá, ainda na vi a minha conta na Caixa.
- Estás à espera do quê, mulher? Vê aí na máquina.
- Na m'entendo com ela. Só se for aqui a Vitória. Vê tu filha.
- Olha, a pensão já foi depositada.
(Foto enviada por JB)

13/03/2008

Dúvida cartesiana

«... tipologia dos blogues: há-os interessantes, há-os importantes, há-os noticiosos, mas há, infelizmente, muito lixo, muita bílis, muito ódio vesgo e canalha que disto se serviu para vazar os instintos mais reles e a procura de espaço que a vida jamais proporcionou a essa categoria de bípedes prenhes de maldade. Esse mundo subterrâneo de paranóicos e energúmenos encontra breve sucesso, mas depois, com a exibição de tanta pus, morrem asfixiados à míngua de leitores e interesse.»
(lido aqui)

Será a bílis, e o ódio vesgo e canalha que leva uma criatura a escrever assim sobre os instintos mais reles dos bípedes prenhes de maldade, paranóicos e energúmenos?

12/03/2008

CASE STUDY: o ministério da Educação é irreformável - deitem fora o diagrama do «metro de Londres»

Não há nada a fazer, por todas as razões que já foram ditas milhares de vezes e por mais uma que não me lembro de ter sido referida. Não há em Portugal talento de gestão em excelência e quantidade para administrar uma máquina com 150.000 criaturas recrutadas nas últimas décadas por um critério de anti-selecção. Com excepção de umas centenas (concedo: talvez uns milhares) de vocações monásticas, toda a enorme legião de professores que se refugiou nas escolas nos últimos 30 anos fê-lo porque não conseguiu outra oportunidade profissional equivalente, com um salário múltiplo do salário médio, número reduzido de horas de trabalho, sem prestar contas a ninguém pelos resultados do seu trabalho. Não se espere que esta gente aceite alegremente qualquer mudança deste status quo. Seria uma manifestação de estupidez.

É claro que a rejeição atávica pela maioria dos professores de qualquer reforma encontra pasto abundante nos disparates que a incompetência dos lunáticos instalados no ministério produz todos os dias. O diagrama tipo «metro de Londres» para avaliação é apenas a mais recente das asneiras. Porém, se não fosse o «metro de Londres» seria outra coisa qualquer. Tome-se um dos muitos «contributos» de profs a que o Abrupto deu abrigo:
«Sou professor do Ensino Secundário de História, tenho um Mestrado e um Doutoramento (tirados no ISCTE) em História Contemporânea, ou seja, sou doutorado na área científica em que sou docente, mas vou ser avaliado (de acordo com as grelhas) científico-pedagógicamente na minha área de docência por um Licenciado em geografia (Coordenador de Departamento), e vou ser também avaliado pelo Presidente do Conselho Executivo, neste caso um bacharel em fim de carreira!!

Portanto, em termos académicos o Estado Português confere-me um alto grau de competência científica, grau esse que utilizo para a área de docência, depois este mesmo Estado, obriga-me a ser avaliado na minha área de docência por um Licenciado em Geografia e por um Bacharel!!! (...) acha mesmo isto correcto?? É razoável??

Pois olhe meu caro amigo isto para mim é humilhante…. Não lhe desejo que estes laivos ditatoriais e humilhantes lhe cheguem à sua porta….. Mas já sabe como é a História da Humanidade, pensamos sempre que estes males nunca chegam a nós…… mas podem chegar….»
Esta criatura algum diria conseguiria trabalhar para um patrão com o 9.º ano que lhe pagasse o que ele e o mercado achassem que a criatura valia? Conseguiria a criatura conviver com a ideia de que os diplomas que ostenta de nada valeriam se o resultado do seu trabalho pudesse ser avaliado com os pés (dos que ficam e dos que vão embora) dos pais dos alunos por si instruídos? Dificilmente, para quem não aceita a ponderação de 6% dos resultados dos alunos na avaliação da ministra.

Qual a solução? Quem se lembra que o resultado do PREC foi um terço do PIB gerado pelo sector «empresarial» do estado? Quem se lembra de como a antecessora da PT tratava os seus clientes fazendo-os esperar meses por uma ligação telefónica finalmente obtida por cunha ou por uma concessão dum aparatchik em dia sim? Quem se lembra dos bancos nacionalizados e do serviço de má qualidade que prestavam com um rácio de clientes/empregado muito mais baixo do que o actual? Quem se lembra das greves dos transportes em que umas dezenas de milhar paralizavam o país, mês sim mês não? Qual foi a reforma do sector «empresarial» que as dezenas de governos que passaram pelo poder nos últimos 20 anos fizeram? Nenhuma, além da privatização. Qual foi então o milagre que se produziu? A concorrência (até os operadores incumbentes tiveram que mover as gordas bundas).

Concorrência é o que as escolas precisam. Deitem fora o diagrama do «metro de Londres». Livre escolha e cheque-instrução.

09/03/2008

Não deitemos fora a água de lavar o menino, com o próprio menino

João Miranda atirou para cima de João Galamba, que «tenta discutir um tema cuja essência não compreende», o peso da sua autoridade liberal a propósito da descrição deste último do facto óbvio da cultura dominante na sociedade portuguesa ser colectivista e caracterizada pela distância ao poder, como o meu parceiro Impertinente tem insistentemente referido, citando os estudos de Geert Hofstede.

É por isso que, à parte uma criatura como eu poder subscrever com pouca dificuldade uma parte do liberalismo ético de João Miranda, e à parte João Galamba poder eventualmente ter um «projecto de sociedade» (quase toda a esquerda cultiva tal coisa) mais ou menos colectivista, o qual nem com dificuldade subscreveria, o juízo que faz sobre o status quo da sociedade civil portuguesa parece-me inatacável.

«A ideia de que por detrás do que actualmente existe se encontra uma essência reprimida, pronta a revelar-se, não fosse o estrangulamento estatal, não passa de uma fé. É pensar que, não fora o Estado, nós seríamos algo parecido com a Inglaterra ou os EUA. Se os Portugueses que somos precisaram do Estado, onde é vamos buscar os portugueses que poderíamos ser? Não há possibilidade que não dependa da actualidade.»

Onde é vamos buscar os portugueses que poderíamos ser? é a melhor pergunta que li este mês. Espero que a resposta dos liberais não seja que é preciso construir o homem novo liberal.

07/03/2008

ESTADO DE SÍTIO: está explicado

Agora já se sabe para que são os dois mil elementos para a GNR e PSP que o ministro da Administração Interna anunciou ir contratar. Para fazer sondagens, pois claro.

06/03/2008

Vivemos num estado policial?

Anunciou o ministro da Administração Interna que vai contratar mais dois mil elementos para a GNR e PSP, supõe-se que para fazer frente ao aumento da criminalidade. Segundo o ministro, as forças de segurança ficariam com cerca de 46 mil elementos. Não se sabe como é que o ministro fez as contas, mas o certo é que em 2000 Portugal declarou 49.119 elementos do «Police personnel» no Seventh United Nations Survey of Crime Trends and Operations of Criminal Justice Systems. Ou se perderem 3 mil pelo caminho ou perdeu-se o ministério nas contas.

Se tivessem em 2000 49.119 elementos, as polícias portuguesas teriam o quarto rácio (491 polícias por 100.000 habitantes) apenas superado pelas Ilhas Maurícias (756), Itália (560) e Barbados (516). Ainda que as contas do ministério estivessem certas, os polícias portuguesas seriam uma relativamente muito numerosa legião e desproporcionada face à taxa de criminalidade total, na qual Portugal ocupava nesse ano o 15.º lugar dos cerca de 60 países que responderam ao inquérito.

É caso para perguntar, onde se metem os 46.000 (ou 49.000) polícias portugueses que ninguém os vê quando é preciso?

[Este tema já foi aqui tratado no (Im)pertinências]

05/03/2008

BREIQUINGUE NIUZ: the other way round would it be possible?

Depois dum disputadissimo concurso, que durou mais de um ano, para substituir o quinquagenário Hercules KC-130 de reabastecimento, a Força Aérea Americana escolheu o Airbus A330 e preteriu o doméstico Boeing 767. O contrato vale mais de 23 mil milhões de euros - um valor maior do que o PIB da maioria de muitos países. As acções da EADS valorizaram-se 8% no dia seguinte. (Jornal de Negócios)

Alguém está a imaginar a Europa (les français, disons) a preterir os seus campeões nacionais em favor dos States?

04/03/2008

ARTIGO DEFUNTO: vão espremer o doutor Almerindo?

Estradas de Portugal tem que registar lucro de 50 milhões de euros em 2008, titulou o Diário Económico. Estradas de Portugal com meta de 50 milhões de resultados em 2008, titulou o Jornal de Negócios.

Tão depressa pode ter 50 milhões, como 100 milhões ou 1.000 milhões. É só o senhor ministro ajeitar o contrato de concessão, as comparticipações, subsídios e compensações.

Artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 374/2007 de 7 de Novembro
1 - São receitas da EP - Estradas de Portugal, S.A.:
a) As que se encontram previstas no contrato de concessão celebrado com o Estado;
b) As comparticipações, subsídios e compensações financeiras provenientes do Estado ou de quaisquer entidades públicas nacionais ou da União Europeia; ...

Desfazendo ideias feitas - o que o governo não pode (e o que não deve) fazer pelo (des)emprego

Os mitos sobre o desemprego

Numa sociedade pouco ou nada liberal como a portuguesa, ainda longe de ter largado as saias do Estado, é natural culpar ou elogiar os governos por coisas que, na verdade, escapam em boa parte ao seu controlo. O caso dramático do desemprego, hoje em níveis recorde (8% em 2007), é um exemplo perfeito de como o Governo, a oposição, os sindicatos e os media continuam a alimentar uma ideia distorcida do poder das políticas públicas para resolver o problema no curto prazo.

Numa altura em que a retórica empresarial e política gosta de sublinhar a importância dos privados na economia convém lembrar um facto simples: são as empresas, não o Estado, que criam riqueza e contratam pessoas. Nas décadas de 80 e 90 foi possível esquecer esta verdade simples porque a Administração Pública recrutou sem limites: mais 315 mil funcionários entre 1983 e 2005. A crise das contas públicas forçou, contudo, o poder político a reformar a função pública: nos últimos dois anos saíram do Estado 40 mil pessoas, nos próximos dois deverão sair mais 35 mil.

Se partirmos, então, do princípio de que são as empresas quem cria trabalho, percebemos imediatamente porque razão o desemprego alto veio para ficar durante mais uns anos. Entre a reestruturação da indústria portuguesa – boa para a economia no longo prazo, mas socialmente difícil hoje –, a conjuntura internacional feita de incerteza e o aumento da população disposta a trabalhar (sobretudo as mulheres), não há muito que qualquer Governo possa fazer para acabar com o problema no curto prazo.

Prometer a criação de 150 mil empregos, como fez o primeiro-ministro José Sócrates, ou dizer que este Governo é responsável pela maior taxa de desemprego dos últimos anos, como faz a oposição, é ceder ao exercício fácil da política e baralhar os portugueses. E é, sobretudo, desviar as atenções das verdadeiras responsabilidades deste e de outros Governos face à situação actual: 1) o despesismo público que não deixa baixar os impostos e tornar a economia portuguesa mais competitiva e criadora de riqueza; 2) o falhanço grosseiro na educação e na formação, comprovado pelo paradoxo que é ter milhares de licenciados desempregados e, ao mesmo tempo, empresas que não conseguem encontrar os talentos de que precisam; 3) a aposta recorrente que, ao que tudo indica, irá acontecer uma vez mais, em soluções fáceis e de baixo valor para criar emprego e riqueza, como a construção de obras públicas.

Uma sociedade liberal exige ao poder político a coragem para resolver estes problemas geradores de desemprego – e deixa aos privados a responsabilidade de fazer o resto.

Bruno Faria Lopes, Editor de Economia

[Créditos ao Impertinente pela imagem sugerida]

03/03/2008

BREQUINQUE NIUZ: Putin sucede a si próprio numas não eleições

«O sucessor nomeado por Vladimir Putin, Dmitri Medvedev, foi ontem eleito o novo Presidente da Rússia» escreve o Público. É uma forma aceitável de confirmar a notícia já dada há uns meses. Resta acrescentar que segundo Andreas Gross, que chefiou a missão de observadores da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, «as eleições não foram "justas" nem "livres"». Ou seja, não foram eleições.

02/03/2008

NÓS VISTOS POR ELES: Eles são os patrões. Ponto final.

«A Galp hoje tem de obedecer às nossas instruções em Cabo Verde. Não há batalha nenhuma. Nós somos os patrões, vamos ditar as regras do jogo. Ponto final».
Manuel Vicente, presidente da Sonangol

Eles vistos por nós:

"Às vezes as pessoas acordam menos bem dispostas."
Américo Amorim, accionista da Galp

«Se uma empresa como a Sonangol quer investir em empresas portuguesas, nós só temos que nos sentir orgulhosos com isso».
Engenheiro Sócrates, primeiro ministro

E a fuga dos centros de decisão? É só para Espanha? E os espanhóis têm mau dormir? Devemos ficar orgulhosos quando eles investem em empresas portuguesas?

01/03/2008

DIÁRIO DE BORDO: a melhor imagem de Saturno obtida pela Cassini, segundo o Ciclops

Este Ciclops (Cassini Imaging Central Laboratory for Operations) não tem só um olho.