Há dois ângulos para olhar para os desastres da educação pública e da administração de justiça. No primeiro, conclui-se que os professores e os juízes não têm responsabilidades nesses desastres. No segundo, conclui-se que uns e outros contribuíram para os desastres e têm neles responsabilidades (maiores ou menores? as opiniões dividem-se).
O primeiro ângulo tem implícito que os professores e os juízes são enquanto corporação inimputáveis, sendo por isso em geral suficientemente incompetentes. O segundo ângulo tem implícito que uns e outros são em geral suficientemente incompetentes, sendo por isso inimputáveis.
Há ainda um terceiro ângulo determinístico donde se conclui que os responsáveis são ELES.
[Eles (socialês)
(1) Os culpados da nossa miséria (dos fascistas aos liberais, passando pelos comunistas e, sempre, os espanhóis, e, em alternância, o governo e a oposição).
(2) Os responsáveis pelo trânsito da miséria para a felicidade (quase todos os referidos).
Antónimos: EU (que não sou parvo e não tenho nada a ver com isso) e NÓS (EU, a minha MÃE, a minha patroa, os putos, os amigos, talvez o clube, e o partido, às vezes).]
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