11/11/2007

AVALIAÇÃO CONTÍNUA: Facilitismo? Moi?

Secção Res ipsa loquitor

«Criou-se a ideia que nós queríamos o facilitismo, mas o que nós defendemos é que a escola desenvolva mecanismo para dar oportunidades a alunos problemáticos e de famílias desestruturadas», disse ao Sol o doutor Luís Fagundes Duarte, coordenador do PS para a área da Educação, a propósito da desconsideração das faltas na proposta de Estatuto do Aluno cozinhada pelo seu grupo parlamentar.

Perceberam? Mesmo sem procuração do doutor Fagundes Duarte eu explico. Quem pode negar que um diploma é importante para um aluno problemático ajudar uma família desestruturada a estruturar-se? Ninguém. Quais são as oportunidades que um aluno problemático tem de obter um diploma se forem consideradas as faltas que resultam dos problemas do aluno e da desestruturação da família? Poucas. Como aumentar as oportunidades do aluno problemático? Simples. Não contar as faltas.

E se, apesar disso, o aluno problemático não tiver aproveitamento? Ajeitam-se as provas ao aluno problemático. Como? Simples. Por exemplo, num exame de Química fazem-se as seguintes duas perguntas:

Pergunta 1 - Qual a cor do sulfato de cobre azul?
Pergunta 2 - Conhece a fórmula do ácido sulfúrico?

O aluno problemático responde «cor de rosa» à primeira e erra. O aluno problemático responde «não sei» à segunda e acerta. É aprovado com 50 pontos percentuais.

Avaliação do doutor Luís Fagundes Duarte (um aluno problemático?): 5 chateaubriands por imaginar que a divina providência faz passar os rios perto das cidades e 3 bourbons porque não esquecerá nunca o eduquês e não aprenderá outra língua.

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